Estupidamente Ridícula

Fui me distrair
Dar boa risadas
Procurei pensar em nada.
A peça não era das melhores
A música não me embalava
Nas pessoas faltava beleza
E o caminho te lembrava.
Senti-me fraca!
Não consegui me concentrar
Os conselhos amigos me entediavam
Só queria ir para casa
E mais uma vez o caminho de volta te lembrava.
Senti-me ainda pior!
Um novo turbilhão abrigou-se em minha cabeça
Novas perguntas sem respostas
O velho tormento recomeça.
Senti-me enganada!
Meus amigos não estão mais comigo
Já estou em casa
Todos dormem
E eu gostaria de parar de tentar.
Senti-me machucada!
Essa ferida que eu mesma abri
É algo do qual não me conformo
O que importa  é cicatriza-lá.
Sinto-me arrasada!
Gostaria de poder culpar alguém
Mas a culpa é de quem se apega demais
A palavras bonitas e pessoas abstratas.
Sinto-me enganada!
Já não posso segurar mais esse mar em meus olhos
Suas palavras certeiras me abalaram
Por que as pessoas me magoam?
Sinto-me estupidamente ridícula, agora!


(É, seria uma bela e triste história não fosse tudo fruto de minha imaginação bagunçada e enfeitiçada, também de minha necessidade em enfeitar os fatos. Ora, eu não me deixaria enganar por alguém que passou por minha vida com “Ç” e com “CH” nada deixou de proveitoso!)

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