Gastei os meus Leminskis e Bandeiras à toa, à toa - perdoa.
Às vezes a razão muda de casa e ri da nossa cara, numa boa.
Não atiro mais palavras pela janela, já sei que isso magoa.
Nunca mais gasto meus Leminskis, nem Bandeiras e muitos menos as Pessoas.


Quem você é não me importa, 
não quero saber do conhecimento que cabe em seu corpo, 
eu não ligo pra sua música, 
que se dane o seu dinheiro, 
não estou nem aí pro seu carro, 
em nada me impressiona a sua coleção dos Beatles,
que se lixe seu intelecto,
pra ponte que partiu com seu mundinho-miúdo!

Eu só quero saber se você é capaz de amar a simplicidade de cada coisa.

Portal



Eu me sinto doente. 
Doente nessa cidade, ela é grande demais para o ser tão pequeno que eu sou.
Eu me sinto grande nos sonhos, mas não sou suficiente pra essa cidade, por isso estou doente. 
Eu estagnei, não consigo me mover, e quando consigo é suave. 
Eu gosto de voar, alcançar algo além da realidade. A realidade é muito dura e sem sentido demais pra eu me fixar nela.
Por isso eu gosto de morrer todos os dias pra começar do zero.


Penso na saudade como uma música triste. Existe, no fundo, propósito em dançar por ela. 
O amor não pode ser só, não se embala sozinho. Amor é par, mesmo distante. 
Eu imagino nós dois, um palco, figurino e um violão. Você me toca sua canção mais bonita e eu improviso uma dança. Não tem ninguém na platéia agora, somos só eu, você e tudo que podemos ser, juntos. 
Dentro de mim existe uma infinidade de tristezas agora, elas insistem em só ir embora quando você chegar, e eu tenho pressa. 
Você é maior que a palavra mais bonita que eu saiba escrever. Melhor que a cena mais perfeita que eu possa representar. 
Pra você o meu silencio mais bonito e o meu pra sempre. 
Te amo.